terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vazio


















Um nada tornaste as palavras,
Assim como os toques doces
E cada lágrima dos sorrisos
Que os amantes emitiam ao amar.

Tudo se perpetuará um vazio,
Como se eu fosse apenas idéia,
Apenas uma pequena vaga lembrança.
Sem vontade, sem amor... sem nada!

Papel amassado entre as mãos,
Silêncio feito de todos gritos
E todas canções ecoadas na mente
Que jamais cantarei novamente.

E dentre todo nada, vazio e silêncio,
Uma pétala cairá sobre suas mãos sujas
Criando um mínimo sentimento de desconforto:
Esse vazio que carregas, outrora fora preenchido.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

V















Cortei cada um dos pulsos
Esperando que o sangue
Escorresse pelo ralo
Para nunca voltar.

Vomitei por cada mentira
que você ousou relatar
para me tornar um corvo
que espreitaria a carniça.

Mentiroso, mentiroso,
caia diante da desgraça
que espalhou por anos,
pois eu vivo e grito!

Esta sofrendo o suficiente?
Quero que sinta minha dor,
Quero que pague pelos pecados,
Porque você não será perdoado.

Irei rasgar suas feridas,
Irei vencer todas batalhas,
Arrancar o alfinete da pele
Para que meu sangue se torne o teu.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Esvaindo


Morrendo suavemente,
Derretendo a mente
Mas mantendo a casca
Completa e intacta!

Sorrindo com lábios,
Tocando com quadris,
Dançando sem música,
Esquentando olhares.

Venha se embriague,
Minhas taças doces,
São de mel divino,
São de minhas veias!