sábado, 22 de dezembro de 2012

Malogra




Sensível como cachos de cabelo
Desmanchando-se na suave brisa,
Invisível como um beijo delicado
Dado ao dizer o último adeus.

Você pode não entender isso
Porque nossa lingua é viva,
Porque meu coração morre
E porque minha poesia canta.

E você pode ignorar ela,
Como na terceira pessoa
Que narra a si acidentalmente
Na tentativa de poupar-se.

Pode apenas navegar e observar,
Nunca mergulhar o corpo todo
Assim nunca saberá, arriscar!
Será apenas sensível e invisível?
Ou insana...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Culpa


















Qual a velocidade da culpa,
Da pele se auto-dilacerando,
Do momento fugaz dividido,
Do rubro arrependimento?

Qual a velocidade da lástima,
Do sangue misturado à lágrima,
Da palavra antes de escutada,
Da incapacidade de ser útil?

Letras escorrem pelos dedos
Velozes como palavras mudas
E a verdade do coração mente
Para si sobre um novo amanhecer.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pecado não-original

Garganta engasgada.
Três palmos de terra,
Um suor esconde
A culpa das mãos.

Peito pesado.
Fio vermelho,
A língua se retrai,
Covardia maliciosa.

Um suicídio, um homicídio
Quem serão os culpados?
Todos voltam para sua casas,
Todos voltam para o remorso.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fast

















Rasgue as nossas meias verdades
Que guardamos para nossos netos
Na tentativa de nos convencermos,
Mentiras pintadas de cor-de-rosa.

Bobagens foram aspiradas na fumaça
Como fumo pronto a ser expelido.
Pulmões, cérebro, mãos e coração!
O que sobrou do que deveríamos ser?

Não tenho fotos na estante, na mente.
Não tenho arrependimentos, pulsos.
Você não têm caminhos, apenas mapas.
No fim de tudo, as perguntas são confusas
Para onde nossas vidas escoam tão rápido?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Engano















Eu pensei e sonhei
Que você poderia
Ser aquele que possui
Todas as estrelas no olhar.

Aquele que cantaria
músicas em letras mortas,
só para eu adormecer na magia
da poesia, música e imaginação.

O bravo que lutaria contra demônios
E as vezes contra moinhos de vento,
Salvando esse devastado e perdido
País que se chama de meu coração.

Eu fechei meu olhos para sentir o vento
Mas minha face alva sentiu apenas frio
E uma lágrima congelada caiu no final,
Você era apenas mais um viajante.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Like I do


















Eat your heart
Fake your life,
Like a undead
Smiling for everybody.

Make it better,
Even if is not.
Turn your eyes
And look ahead.

In horizon there are
A real beautifull world
Without all these pain
Without all this hurts.

Do like I do, lie harder
For yourself in mirror
Make the better possible,
Even when it´s impossible...

domingo, 4 de novembro de 2012

Pheromones

















Entrando em minhas narinas, perfume,
Inebriante, desperdiçando-se pelo ar.
Suas formas perfeitas no doce pecado
Fazem-me esquecer minha forte negação.

Dedos escorregando como água em pedras,
Olhares belos como as folhas já amareladas
Cruzam-se em lábios molhados desejosos.
Tão doce, tão brusco, cobiça glutônica.

Parem os movimentos da minha imaginação!
Destruam os pecados da minha mente!
Não consigo vencer a minha própria volúpia
E desejando, já não sei se devo superar.

Maçã do pecado original, tão mordível,
Tão rubra, tão redondada, perfeita em si.
Espada do pecado final, tão afiada em si,
Tão firme, grande, a perfeição irrefutável.

E em bailes de aromas, sabores e sonhos
Perco-me contando os amores perfeitos
Desfaço-me só para que resconstruir-me
Em desejos rubros e pecados imortais.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Once













I meet you once...
So different, in forms,
In flavors, in colors.

I desire you once...
Between streets,
In letters, lost meets.

So I love you once,
But you change
And I changed too.
Forever in our little disarrange.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Rimata


















Pra quem sonhou em ver o sol
Escondendo-se dos dias
Pra quem sonhou em ser maior
Enganando-me, perdida.

Fechei o zíper do céu
Da boca de quem beijei.
Fechei a chance de ser
Quando lembrei do que deixei.

O sonho de menina no olhar
Pousou no futuro incerto.
Pesadelos terminam no raiar
De mais um dia no inferno.

Carrego um coração calejado
Numa insana mente dilacerada,
Sou um projeto mal finalizado
Como se tornasse uma piada.

Revestindo o conto-canção
Um retorno a ser primata
Dedilho cordas do coração
Ao terminar essa rimata.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Etéreo
















Não sabes quanto tempo ousei esperar
Pela tua mística presença cheia de ansejos,
Cavada como carinho nas palmas das mãos,
Como se fosse domesticável aos teus desejos.

Mas nunca se realizará por mais imaginável
Que possa ser essa minha linha tão perdida.
"Luxúria será meu nome enquanto me despe,
Como se pudesse ser completamente entendida."

Oh, meu desejo mais secreto e etéreo
Arranque minhas correntes e pudores,
Quero estar vulnerável à morte inevitável
Que traçam para todos felizes pecadores.

Meu amor, minha estrela mais brilhante
Faça-me esquecer do mais persistente,
Que eu terei que me condicionar aqui,
Esquecer que és em verdade, meu amor inexiste.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Todos devem aprender alguma hora
















A ira estressa meu corpo.
Tão acostumado às dores
Cede, pendendo-se atrás
Como um pendulo cansado.

- Você não consegue entender?
- Você não consegue ver?

Uma luz brilha no horizonte.
Mais uma estrela para desejar,
Um sonho a mais no céu da boca
Ou uma doce canção de ninar.

- Você não consegue ver?
- Você não consegue entender?

O sol nasceu frio no horizonte
Com névoa e neblina molhada,
Com gosto de algo irrealizado
Ou com lembranças distantes?

- Vamos de mãos dadas até o fim,
Como se a mão afastasse toda escuridão,
Como se o calor corpóreo fosse o alívio
Para todas dores mais profundas em si.

Uma música distante, tocada no coração
Diz que todos devem aprender alguma hora
E você ainda não consegue ver ou entender
Que sempre haverá esperança dentro de ti?

- E mesmo quando as luzes se apagarem,
Segurarei uma lamparina na escuridão,
Nos dedos gélidos da menininha que fui,
Protegendo-te de todos os monstros que habitam em ti.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cânfora

















Oh doce criança, repouse sua cabeça,
Enquanto as memórias te fazem sorrir,
Enquanto nada é como deveria ser,
Enquanto eu canto para adormecer.

Não deixe seus nervos saltarem,
Nem sua voz se elevar pra eles,
Apenas deixe a lua tocar sua pele
E a noite nos devolver nossa vida.

Sabes quanto de mim divido em três,
Então não se incomode com fracos,
São coitados dentro de seus corpos
E mentes fúteis, quebrando-se sozinhos.

O sol trará flores vermelhas com espinhos
Que estamos tão acostumados a segurar,
Mas a noite, meu irmão, trará a beleza
E aquilo que ousamos guardar só para nós.

Auto-piedade


















Minhas ancas dançam entre o álcool
E a misera viela que ousei me enfiar.
Me tornei aquilo que causava-me riso,
Vomitando desespero e auto-piedade.

Mas manterei a tonta cabeça levantada.
Nunca conheci vida fora do meu ego,
Nunca resisti muito tempo exposta,
Manterei minha rota torta e sem sentido.

Alguns espancamentos a mais e a dor esvai.
Não há espaço para o físico diante da dor,
Daquela que consome a própria existência,
A verdadeira dor que carregarei até a morte.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Decifra-me



















Se eu desfizesse todos meus laços
E cantasse cada nota de olhos fechados
Desenrolando todos os meus mistérios
Você ainda gostaria de estar ao meu lado?

Se pudesse ver o quão forte tenho sido
E quão caro isso tem me custado,
Cada corte fundo e cada sorriso,
Cada queda e cada impulso de levantar.

Você ainda me veria com os mesmos olhos
Se eu contasse que morro desde que nasci,
Se contasse que meu coração ainda bate
Em busca de uma compreensão altruísta?

Se eu fosse um ser muito diferente dos outros
E ao mesmo tempo, tão igual, tão feminina.
Se eu pudesse ser tão gentil e tão cruel,
Tão pecadora e tão santificada diante de todos.

Ainda poderia ver-me como antagonista,
Como uma doce vestal sobre sua cama
Chamando para que pactue de planos
E quem sabe, clamando por um sentimento
Que poucos entenderão ao tentar me ler...
Você poderia e gostaria de me compreender?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Coragem



Eu sempre quis mudar o mundo e agora vejo que para mudá-lo devo começar mudando a mim mesma. Devo então afiar minha audácia de contrariar até os narizes mais certos de si, não podendo fraquejar diante de minhas próprias convicções.
Com coração humilde e corajoso, com a mente atenta e perspicaz, sabendo de meus defeitos e aceitando-os antes mesmo que sejam usados contra mim, devo prosseguir vencendo meus próprios demônios para possuir a força de lutar contra todos que quiserem me ver derrotada.

Essa é minha escolha.
Eu vou mudar o mundo.

Não sei se estou certa ou errada quanto isso, só sei que da onde estou só tenho um caminho, à frente. Porque voltar seria perda de tempo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Solitary path

















Meu coração está vazio
Como o copo na mesa,
Que eu esvaziei bebendo
Toda agonia que continha.

As dores estão passando
E a liberdade chegando,
Com todos seus caminhos,
Toda sua responsabilidade.

Posso ficar um pouco perdida
Porque não conheço as rotas,
Apesar de saber a direção
Que terei que seguir até o fim.

Minha dualidade será bipolar
Aos limites que eu não estipular
E minhas palavras incontroláveis
Aos limites que minha imaginação me guiar.

Então seguirei com meus passos,
As vezes mais apressados
Ou mais lentos no tempo
Que a solidão me permitir.



PS: Amei essa foto! =^.~=


Não leia!














Não, não me leia
interpretando-me,
Como se o verso
Fosse eu estampada.

Não, não me leia
constatando-se,
que estou aberta
e acessível a ti.

Não me leia hoje,
Talvez nem amanhã
Sem saber que crio
Um novo ritmo em palavras.

Meu coração está mais fundo
E suas portas brilham nos olhos,
No toque, nos cheiros, na vida.
Mas meus pensamentos... estes!

Cinzas ao deserto

















Esmago meu futuro entre as mãos
Como numa tentativa de extrair
Um pouco mais de esperança,
Pois não restou muito para mim.

No fim somos todos insignificantes,
Apenas nomes e fotos na sepultura
Esperando por flores que não virão,
Esperando por um reconhecimento.

Eu sou um ser insignificante e sei
Que serei como poeira no deserto,
Mesmo assim me rasgarei até o fim
Para que saibam a cor do meu sangue.

Deixo pedaços de mim em cada que amo
E cada coisa que ouso chamar de arte.
No fim de essa triste história morrerei
Esquecida como cinzas jogadas no deserto.

Ainda sim eu clamo desesperadamente:
Lembrem-se de meu nome,
Lembrem-se de minha memória
E tornem-a um pouco mais feliz...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Canto da esfinge
















As folhas começam a anunciar inverno
Na terra perdida que nunca se ilumina.
Existem mais barreiras que compreensões
Entretanto eu nasci para ser indestrutível.

Arranco alguns dos meus espinhos
Só para tornar-me menos mortal
E sangro em silêncio para aqueles
Que segurarão minha cabeça alta.

Desfaça-se de suas próprias correntes
Antes que os céus caiam entre todos.
Eu não posso entrar sem ser convidada.
Não posso devorar nem deixar passar.

Não negue meus presentes, são raros,
Mas enxergue além dos seus olhos,
Cave além do sorriso, da máscara.
Não há nada na superfície para nós.

Andei destrancando algumas portas,
Mas elas continuam no mesmo lugar.
Não existem segredos, apenas desafios.
Permitir-me entrar antes de eu me fechar para sempre.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Primacchiave















Já fazem tantos milênios,
Que a face não estranha
A boa máscara que veste
E a mentira que se tece.

Fazem tantos tantos séculos,
Que a mente tenta racionalizar
A cada passo que se materializa
Para evitar o que não se realiza.

Tantas páginas viradas ao vento,
Tantas história narradas com atento,
São tantas gotas manchando a rosa
Que ao final finjo meu intento.

"Eu quero sorrir!", sussurra o vento,
Com tamanha leveza que é ignorado.
"Eu quero sorrir novamente" ecoa,
Algo que nunca mais será marcado.

domingo, 22 de julho de 2012

Vozes















"Mais uma vez a essência volta-se para dentro
Trancando as portas que costumava entreabrir."
"Mais uma vez o silêncio se perfaz no salão
Onde todas as festas ocorrem simultaneamente."
"As linhas recuarão ao antigo ponto de pacificação
De onde nunca deveriam ter avançado imprudentemente."
"E as vozes serão abafadas pelos travesseiros
Durante a noite que cai sobre nossos ombros."

"A ninfa que outrora costumava se aventurar
Queimará sua própria casa para não existir."
"E os deuses abandonarão seus postos dourados
Para enfim virarem pó sobre nossa terra mortal."
"Não haverá trégua ou perdão para quem chora,
Assim como não haverá amor para quem o procura."
"Apenas cantaremos canções de adeus,
Apenas calaremos nossas existências."

"Declaro que sou uma espécie em extinção
E quando eu morrer não haverá mais de mim."
"Canto palavras sem sentido para ti,
Pois meu sentido será ocultado no fim."
"Lobotomizo os sentimentos bons ou ruins
Como ervas daninhas sobre minha insanidade."
"E recrio um novo mundo dentro das idéias
Onde possa colorir minha própria desgraça."

"Todos dirão o que se espera ser dito,
Contudo nenhum acalanto pacificará."
"Sou as vozes dentro da minha mente,
Sou as vozes dentro de vossos corações."
"Sou a poesia inerte sobre o papel branco,
Sou o vento que bate a veneziana de madeira."
"Irei partir por hoje para experimentar luto,
Mas retornarei a toda minha majestade amanhã"

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Medos









Meus medos caminham sob minha pele
Como vermes devoradores da verdade
Consumindo parte da minha confiança
Enquanto fazem do passado uma maldade.

Tantas peças se movendo no tabuleiro
Que eu não tenho tempo para medir
Até onde a ingenuidade se fará presente,
Onde eu irei permitir a dor não interfir.

Foram abraços distintos, pesados.
cada um por sua natureza doce,
Cada um por seu passado hostil,
Me derretendo por dentro como criança.

Meus medos caminham ao meu lado.
Apesar de minha natureza destruída
Eu continuarei a caminhar lado a lado
Sem deixar-me ficar à sua sombra.

Rei gelado










Joguei pétalas sobre o guerreiro indigno
Que em seu primeiro ato, traiu nossa fé:
Assassinou sua origem para tomar o trono.

Dediquei canções ao maldito traidor,
Para que o silfos soubessem da glória
E da esperança que trazia sobre nós.

Meus olhos eram puros e claros,
Minha alma era ingênua e feliz,
Agora sou que pôde fazer de mim.
Sou sobrevivente de sua pior traição,
Aquela que nunca será dita... auto-traição!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Apocalipse escarlate














A borboleta perderá suas asas
E os gatos se esconderão da lua,
Enquanto a esfinge adormecer
Cansada de seus próprios enigmas.

Não haverá palavras no ar para acalentar
A rosa que se curva perante o vento frio.
Nem estrelas no céu para a meninha,
Que esperançosa busca por seus sonhos.

Então a lágrima seca escorrerá
Da nascente ora verde, ora dourada
E os laços escarlates que unem os dedos
Serão quebrados dentro de uma alma partida.

As cores se tornarão acinzentadas
E as correntes cortarão os pulsos
De quem sempre ousou acreditar
Em doces e hipotéticas canções de ninar.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Orgulho
















Eu preciso encontrar meu orgulho
Até mesmo pra poder despedaçá-lo,
Ao mentir tão descaradamente,
Não importa se pra mim ou pra você.

Você dorme tranquilamente esta noite
Porque você não viu a lágrima parar
E não descer enquanto eu resistia
Inultimente contra meu próprio sangue.

É tão fácil levantar a cabeça sobre o criado
Pisar sobre todos os sentimentos neutralizados
Pela sua maneira de me tratar como o prêmio
Que você pendurou na parede da sua testa.

Eu já não quero sua falsa piedade,
Desejo seus olhos atentos em mim
Enquanto eu rasgo nosso elo imortal,
Enquanto essa cria supera seu criador.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O quanto sinto sua falta



















Você não sabe do mal que me faz
O veneno destilado corre nas veias
Matando meu coração lentamente
Que tende a te amar cada dia mais.

A solidão se une a natural carência.
O brilho mudou tão repentinamente
Que nem percebi a infância roubada
Diante de nossa constante distância.

Hoje eu chorei porque eu queria você
Queria abraço, um afago, uma canção.
É uma pena que nunca serei notável,
É uma pena maior ainda nunca te ter.

Sinto o vazio de nunca ter crescido
Sob seus verdes olhares de proteção
Sinto um vazio interior maior ainda
Por nunca poder ter te dito...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu queria ser...















Às vezes eu queria ser uma idéia.
Leve, flutuando pelo ar,
Encantando as crianças,
Confundindo os adultos.

Queria descolar do casulo,
Dessa pele condenada
Sem dores ou amores,
Sem arrependimentos.

Queria ser uma idéia colorida,
Mudando de cor a cada instante,
Mudando de forma todo tempo.
Num tempo, que seria só meu.

Eu queria ser uma idéia viva
Para encantar e inspirar poetas,
Para sair desta triste existência
Que minha vida se condena a cada dia.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Uma vida (para Dany Mucheroni)


















 Este é um poema de um esquecido poeta, que achei recentemente e decidi compartilhá-lo aqui.

UMA VIDA
                 Para Daniele Mucheroni

Menina

De sentimentos paradoxos
Que transitas entre verdad´e persuasão
Com idéias e ações contraditórias
Tu te escondes en´uma vala de ilusão.

Garota

Que povoas minha mente
Provocas, confunde e ilumina
Desperta-me sublimes sensações
Minha vida toda, a ti garota, se confina.

Mulher

Que com tua glória me assombra
Sois do desejo, da alusão, a pura sede
Trazes mistério, medo e sedução
Nestes teus lindos olhos cor de verde.

Constante é o tempo de meus versos
E tu, sois a musa da canção.

Ame mais, é o tanto que lhe peço
E sempre terás morada em meu coração.

LP

terça-feira, 5 de junho de 2012

One Foot in Front of the Other - Emilie Autumn


http://www.youtube.com/watch?v=ZmgCIf7Fag8&feature=relmfu - para ouvir.


How did i get myself into all of this mess?
How did i end up with this deadly holocaust?
How did i come to this when every song i sing
Is nothing but a list of pain and suffering?

We never will forget, and no, we will not forgive.
We walk along to die, yet we don't know how to live.
How do we change our world to what we want it to be?
How do we move beyond all of this misery?

One foot in front of the other foot
In front of the one foot in front of the other foot
In front of the one…

I've been in chains since i was nothing but a kid
We don't know freedom, not quite sure if we ever did
Now that we've found it, how do we make use of it
We've been commited… to what we always did
I used to have a home, now i don't even have a name
I'm nothing but a number, here we are all the same
We've lost so much, so many of those we love are dead
How do i get these memories out of my fucking head

One foot in front of the other foot
In front of the one foot in front of the other foot
In front of the one…

How do we bear this burden far too much to carry
How do we change the prison to a sanctuary
We've been kept from the light, no one ever gave a damn
If i've no one to fight, how do i know who i am?

One foot in front of the other foot
In front of the one foot in front of the other foot
In front of the one…

We waged a war with hell, and look, we still survive.
But just because we live does not mean that we're alive.
We've won the final round, but how to enjoy the win?
When we've been broken down and we'll never know what could've been.

Heaven help us where do we begin?

One foot in front of the other foot
In front of the one foot in front of the other foot
In front of the one…

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Immortal






















Amei há mais de um século
Quando a minha mente
Ainda poderia ser jovem.

Deixei-me levar há um século
Quando deitaste nesse chão,
Sob milhões de palmas na terra.

Amei há mais de um século
E agora vejo sua semelhança
Confrotar-me novamente.

O que eu nunca soube
Ou nunca quis falar,
É que morri contigo
Há um século atrás.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Liberté


















As pessoas mudam,
Um mundo a girar
E as palavras ditam
Sussuros perdidos no ar.

Bailando entre sonhos
Coloco-me a tagarelar
O que realmente somos?
Como vamos escapar?

Deixe-me voar para longe
Para me tornar inatingível.
Deixe-me acreditar novamente
No que me dizem impossível.

Quero romper minhas barreiras
Crescer racionalmente reta
Quebrar todas minhas fraquezas
E me expor para alcançar a meta.

Deixe-me mudar com o mundo
Mas não me deixe me perder,
Quero me libertar bem no fundo
E ser quem eu sempre deveria ser.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sarien














Caindo de forma angular
Num espaço sem gravidade
Sinto os dedos dos pés
Levemente formigarem.

Não há uma razão em mim,
Apesar de racionalizar-me
De forma tão sutil e fria,
Que explique meu cristal.

Protegida por minha pétalas,
Tão forte e tão frágilizada,
Num enigma fatal esmeráldico,
Escondo-me com maestria.

Eu conto contos como quero,
Invento-me a cada nova letra,
Como uma esfinge, como mulher,
Como a última de minha espécie.

domingo, 15 de abril de 2012

Tetraema













Derreto páginas em palavras
Incompreensíveis para mim,
Que estranho a própria
Natureza de ser e existir.

Morreria por cada dia
De sede da liberdade,
Que nasce libertinagem
Na juventude que escoa.

Não há descanso aqui
nesta escura estrada,
Que me leva para longe
De onde eu já conheci.

Talvez eu morra sem saber
Que morro a cada dia,
Que minha vida poetisa
Doces palavras de mim.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A-mar!

Como uma menina,
não ouço musicas,
SINTO!

Como uma menina,
não vejo quadros,
SINTO!

Não escrevo sem respirar,
Cada letra que inspiro
Não ouso fazer sem coração,
Nem sequer meio passo.

In-pirar!
Res-pire!
Brincar com letras
É brincar de amar!

14/03 Dia da Poesia!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fascinando

















Eu tive um novo sonho
Onde pobre era rico,
Onde feio era belo
E o fraco era forte.

Sonhei com as calúnias,
Que uma vez feriram,
Tornaram-se fascínio
Diante da beleza real.

Um mundo diferente,
Onde justiça havia
Na volta dos diminuídos
E no consolo dos quebrados.

Talvez tenha sido utopia,
Um sonho a esmo na mente,
Mas lutarei dentro disso
Para me tornar fascinante.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pincel


















O céu estava cinza
E o sol atravessava
O caminho da lua
Sem reconhecê-la.

Não era um dia triste,
Era um dia tão quente
Que minhas letras caíam
Derretendo-se em versos.

Um dia quase que noite,
Um pouco diferente,
Porque era permitido
reinventar esse coração.

Sem sol e outras estrelas,
A lua segurou minha face,
Minhas lágrimas secaram,
Assim pude compreender.

Um dia cinza, que com água
Pude espalhar meu carmim,
Contido na ponta do pincel,
Para colorir um pouco de mim.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Provoco II

Sou um o elo de provocação
Entre os céus e o fogo.
Entre em meus lençóis
 
E proteste por contrariar. 

Esqueceste do que falavas?
É uma pena que inverti
Nossos lados no tabuleiro
E você não pôde perceber.

Cegado por contradições
Anseava apenas por inquerir
Importava apenas caçar-me
Foram apenas provocações cegas?
Onde está seus ideais agora?